Consciência estratégica: base para as melhores decisões.

Consciência Estratégica

 

“Ser ou não ser, eis a questão”. Da dramaticidade trágica da peça “A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca”, de William Shakespeare, o que talvez possamos trazer para o mundo dos negócios é a importância das escolhas que as empresas precisam fazer e o papel que a consciência tem para que elas sejam bem feitas.

No caso de Hamlet, decidir aceitar as consequências da sorte injusta de uma realidade trágica ou fazer resistência às calamidades do mundo o deixou desnorteado, quando tomou conhecimento da verdadeira história sobre sua família. Talvez Shakespeare pudesse ter facilitado a vida do pobre príncipe se o tivesse permitido ter consciência daquela realidade com mais antecedência, não é verdade?

Obviamente, essa é apenas uma referência lúdica sobre a dura realidade que as empresas podem enfrentar em seus momentos de decisão se não tiverem plena consciência de sua razão de ser, de sua essência e de onde pretendem chegar.

Em outras palavras, o grande passo a ser dado por um negócio de sucesso é, de fato, ter uma consciência estratégica, que traduza a sua essência. Quando temos consciência do que fazemos, medimos e controlamos melhor as consequências das nossas decisões: uma realidade que serve tanto para a vida das pessoas, quanto para as empresas. Nesse sentido, algumas perguntas fundamentais devem ser respondidas para se atingir um nível de consciência estratégica, cujas respostas necessariamente precisam ser compreendidas por todos dentro da organização. Esse é outro aspecto relevante do pensamento estratégico, pois fará com que todos remem de maneira sincronizada, conjunta e, o mais importante, para o mesmo lado. Portanto, cabe a você formular as suas próprias perguntas fundamentais que explicarão a essência do seu negócio, ou seja, o que ele faz, por quem faz, aonde quer chegar e quais princípios e valores nortearão suas decisões para chegar lá.

São muitas as formas de uma empresa manifestar sua consciência estratégica. Muitas utilizam formatos mais estruturados a partir da declaração de sua missão, visão e valores. Outras se valem apenas de um parágrafo, na forma de um manifesto. Enfim, mais importante do que o formato de apresentação de sua essência, é você torná-la clara e saber exatamente o que fazer com ela.

Assim, a consciência estratégica do negócio é o ponto de partida de qualquer desenvolvimento estratégico. Ela determina o que a empresa é e o que pretende ser, onde está e aonde quer chegar. E entre esses dois pontos estão os caminhos que você deverá escolher para atingir os objetivos desejados. Novamente, estamos falando de escolhas. Isso mesmo, de importantes decisões, cuja complexidade pode variar em função do risco que elas envolvem, do nível de incerteza, do acesso e da qualidade das informações que as apoiam, das pessoas envolvidas e do nível de recursos empenhado. E mais: as decisões estratégicas tomadas por você e seus gestores sofrerão também o impacto de fatores que surgem em função do momento em que a empresa se encontra, pois novas e diferentes variáveis, ao longo de sua jornada de crescimento, deverão ser levados em consideração, o que reforça ainda mais a importância da consciência sobre o negócio.

Escolhas, escolhas e mais escolhas… ou se preferir: decisões, decisões e mais decisões… você não está errado se estiver pensando que gerir é fazer escolhas, tomar decisões. E você não está errado também em pensar que a qualidade de suas decisões é o que determinará o sucesso, ou o fracasso, da sua empresa.

Por isso, nesse momento, proponho uma parada para reflexão: a consciência estratégica, bem definida e compreendida por todos dentro da organização, é uma das principais referências para apoiar as suas melhores decisões. Pense nisso e até a próxima!